O esôfago é um tubo muscular que conecta a garganta ao estômago, permitindo que alimentos e líquidos passem.
O esôfago de Barrett é uma condição que afeta o esôfago e está relacionada ao refluxo crônico do ácido do estômago para o esôfago.
O Que é o Esôfago de Barrett?
O esôfago de Barrett ocorre quando o revestimento normal do esôfago (feito de células chamadas células epiteliais escamosas) é substituído por um tipo de revestimento semelhante ao do estômago (células colunares). Esse processo é chamado de metaplasia.
A metaplasia geralmente acontece como uma resposta a lesões ocasionadas pelo refluxo ácido do estômago para o esôfago em pacientes que apresentam Doença do Refluxo Gastroesofágico crônica.
A região afetada do esôfago normalmente é o seu 1/3 final, porém a metaplasia pode se estender de baixo para cima, até o 1/3 inicial do esôfago.
Quem é o médico que trata Esôfago de Barrett?
Dra Vanessa Cipriani Vargas é médica Gastroenterologista com mais de 15 anos de formação. Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, ela trata doenças como o Refluxo Gastro Esofágico e Esôfago de Barrett e pode te ajudar a controlar as complicações relacionadas à doença, impedindo a sua progressão e promovendo ações para reverter o quadro.

Veja relatos de pacientes em acompanhamento:

Principais Causas do Esôfago de Barrett
- Refluxo Ácido: O principal fator que leva ao esôfago de Barrett é o refluxo ácido. Quando o ácido do estômago entra em contato frequente com o esôfago, ele pode causar danos ao revestimento do tubo esofágico.
- Inflamação: Com o tempo, essa exposição ao ácido pode levar à inflamação crônica, resultando na transformação das células do revestimento.
Estima-se que entre 10% a 15% dos pacientes com refluxo crônico possam evoluir para o esôfago de Barrett, embora este número possa variar dependendo de fatores individuais, como a gravidade e a duração do refluxo, bem como outros fatores de risco como obesidade, idade e histórico familiar.
Fatores de Risco
Alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolver esôfago de Barrett incluem:
- Sexo masculino.
- Mais de 50 anos – teoricamente DRGE mais crônica
- Ter histórico de refluxo ácido ou DRGE por vários anos.
- Ter sobrepeso ou obesidade.
- Fumar.
Sintomas do Esôfago de Barrett
É importante notar que, muitas vezes, o esôfago de Barrett não apresenta sintomas , sendo um achado ocasional na Endoscopia Digestiva Alta. No entanto, as pessoas podem experimentar:
- Azia frequente e persistente.
- Regurgitação de alimentos ou líquidos amargos.
- Dificuldade para engolir (disfagia).
- Dor no peito.
Esses sintomas podem estar relacionados simplesmente ao refluxo ácido, que é o problema subjacente, e não obrigatoriamente o paciente já apresentar a metaplasia.
Diagnóstico
Para diagnosticar o esôfago de Barrett, os médicos geralmente realizam alguns dos seguintes exames:
- Endoscopia Digestiva Alta: permite visualizar o revestimento e detectar alterações.
- Biópsia: Durante a endoscopia, o médico pode coletar pequenas amostras do tecido do esôfago para análise em laboratório. Isso ajuda a confirmar a presença de células colunares.
- pH-metria: Este exame mede a quantidade de ácido no esôfago, ajudando a avaliar a gravidade do refluxo.
Dra Vanessa Cipriani Vargas é médica Gastroenterologista com mais de 15 anos de formação. Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, ela trata doenças como o Refluxo Gastro Esofágico e Esôfago de Barrett e pode te ajudar a controlar as complicações relacionadas à doença, impedindo a sua progressão e promovendo ações para reverter o quadro.
Veja relatos de pacientes em acompanhamento:
Riscos Associados ao Esôfago De Barrett
O esôfago de Barrett é considerado uma condição precursora, o que significa que ele pode aumentar o risco de desenvolver câncer de esôfago, conhecido como adenocarcinoma esofágico. Embora a maioria das pessoas com esôfago de Barrett não desenvolva câncer, o monitoramento regular é recomendado.
Uma vez que o esôfago de Barrett está presente, o risco de progressão para adenocarcinoma esofágico aumenta.
A maioria das pessoas com esôfago de Barrett não desenvolva câncer, porém estudos indicam que o risco de desenvolvimento de adenocarcinoma é maior em comparação à população geral.
O risco anual de progressão para câncer de esôfago em pacientes com esôfago de Barrett é estimado entre 0,5% a 1%.
Este risco pode ser maior em pacientes com:
- Displasias de alto grau (alterações celulares que precedem o câncer).
- Fatores de risco adicionais, como idade avançada ou histórico familiar de câncer esofágico.
Tratamento
O tratamento para o esôfago de Barrett geralmente envolve:
- Controles Regulares: Monitoramento com endoscopia periódica para verificar a presença de alterações celulares e câncer.
- Medicamentos: Antiácidos e inibidores da bomba de prótons (IBPs) são frequentemente prescritos para controlar o refluxo e reduzir a produção de ácido no estômago.
- Mudanças no Estilo de Vida: Recomendações incluem parar de fumar, perder peso, evitar alimentos que desencadeiam refluxo (como frituras, café e bebidas carbonatadas), e não deitar-se logo após comer.
- Tratamentos Mais Avançados: Em casos mais graves, pode ser necessária a remoção cirúrgica ou endoscópica do esôfago afetado.
Monitoramento e Vigilância
Devido ao risco aumentado de câncer, pacientes com esôfago de Barrett são frequentemente monitorados com endoscopias regulares para avaliar alterações no revestimento do esôfago e detectar qualquer sinais de câncer precoces.
A vigilância é uma parte essencial do manejo para esses pacientes, permitindo intervenções precoces se necessário.
Se você tem preocupações sobre refluxo ou esôfago de Barrett, é sempre recomendável discutir com um médico especialista, que pode oferecer orientações personalizadas e um plano de acompanhamento adequado.
Conclusão
O esôfago de Barrett é uma condição que pode ter implicações sérias, mas, com o diagnóstico e tratamento adequados, muitas pessoas podem gerenciar a situação eficazmente.
Se você apresenta sintomas de refluxo ácido ou tem um histórico familiar de câncer de esôfago, é importante consultar um médico para avaliação.
Com acompanhamento e cuidados adequados, é possível viver de forma saudável e prevenir complicações.
Dra Vanessa Cipriani Vargas é médica Gastroenterologista com mais de 15 anos de formação. Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, ela trata doenças como o Refluxo Gastro Esofágico e Esôfago de Barrett e pode te ajudar a controlar as complicações relacionadas à doença, impedindo a sua progressão e promovendo ações para reverter o quadro.

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