Gordura no Fígado

Popularmente conhecida como gordura no fígado, a esteatose hepática é uma doença cada vez mais comum.

Estudos indicam que a sua prevalência no Brasil pode variar de 20 a 25% da população com predomínio em áreas urbanas devido ao estilo de vida sedentário e à dieta desbalanceada.

O que é a gordura no fígado ?

Ela resulta de um acúmulo de gordura nas células do fígado e ao contrário do que se acredita , a maioria dos casos já não está mais relacionada ao uso abusivo de álcool, mas à doenças como sobrepeso, obesidade, resistência à insulina, diabetes , colesterol alto.

Estima-se inclusive que 60% das pessoas que tem gordura no fígado são obesas.

Essa gordura pode ocasionar a inflamação do fígado e essa inflamação à longo prazo pode levar à cirrose e câncer hepático.

Como se manifesta clinicamente a gordura no fígado ?

Normalmente os pacientes não apresentam sintomas no estágios iniciais da doença , quando tem apenas o acúmulo de gordura no fígado – esteatose hepática .

Os sintomas aparecem quando surgem complicações no fígado – na fase de inflamação do fígado – esteatohepatite , e quando esse fígado permanece inflamado por muito tempo evoluindo para doença hepática crônica – cirrose .

Podem ser observados sintomas como :

Dor abdominal
Cansaço excessivo
Olhos amarelados
Perda do apetite
Emagrecimento
Água na barriga
Inchaço nas veias do esôfago, que podem romper e sangrar
Inchaço nas pernas
Sonolência, confusão mental

Quem é o médico que trata gordura no fígado ?

O médico Gastroenterologista .

Dra Vanessa Cipriani Vargas é médica Gastroenterologista com mais de 15 anos de formação. Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, ela trata doenças do fígado como a esteatose hepática e pode te ajudar a controlar as complicações relacionadas ao fígado gorduroso , impedindo a progressão da doença e promovendo ações para reverter o quadro de esteatose hepática.

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Como se faz o diagnóstico da gordura no fígado ? E como eu sei se meu fígado está inflamado ou não e com bom funcionamento ou não ?

A história comum é do paciente que não tem sintomas e ao fazer exames por motivos diversos encontra alterações na ecografia sugestivas de esteatose hepática ou em estágios mais avançados da doença, com discretas alterações de exames de sangue do perfil hepático, principalmente TGO e TGP.

O paciente chega muitas vezes perplexo, sem sintomas e encaminhado para investigar alterações de exames do fígado.

Nesse caso sempre se complementa os exames de sangue para entender como estão os exames de bioquímica do fígado ( TGO, TGP, fostase alcalina , gama GT ) e os exames de função do fígado ( tempo de coagulação, Bilirrubinas totais e frações e albumina ).

Junto desses exames laboratoriais para determinar o grau de inflamação do fígado e seu funcionamento , solicitamos exames para descartar outras doenças como :

Hepatites virais crônicas ( B e C )
Doença por acúmulo de ferro ( Hemocromatose Hereditária )
Doença por acúmulo de cobre ( Doença de Wilson )
Rastreio do uso de Medicamentos ( Tamoxifeno, Amiodarona, corticóides, antibióticos como Tetraciclina , anti retrovirais … )
Doença Celíaca

Existem outros exames que podem dizer o quanto de gordura eu tenho no fígado e em que estágio a doença se encontra ?

Sim.

Existem exames para avaliar a quantidade de gordura e ferro no fígado como a Ressonância Magnética de Abdomen .

Também existem exames que conseguem determinar o grau de enrijecimento do fígado e assim avaliar se o paciente já se apresenta na fase de cirrose : como a Elastografia Hepática , que não é invasivo, associada ou não à Ressonância e o exame invasivo de biópsia hepática dirigida por ecografia abdominal.

Dra Vanessa Cipriani Vargas é médica Gastroenterologista com mais de 15 anos de formação. Especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, ela trata doenças como a Esteatose hepática e esteatohepatite não gordurosa e pode te ajudar a controlar as complicações relacionadas à doença, impedindo a sua progressão e promovendo ações para reverter o quadro clínico.

Veja depoimentos reais de pacientes que se consultaram com a dra Vanessa Cipriani Vargas:

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Qual é o risco de ter gordura no fígado ?

Antes de falar nas complicações relacionadas ao fígado, não podemos esquecer de avaliar o paciente como um todo lembrando que o paciente que apresenta gordura no fígado é um paciente de risco cardiovascular aumentado ( risco de infarto e derrame ) , pois muitas vezes já apresenta fatores de risco em comum -obesidade, sobrepeso, diabetes, resistência à insulina , dislipidemia …

Quanto ao fígado sabemos que 25% dos pacientes que tem gordura no fígado evoluem para esteatohepatite não alcoólica e 20% dos pacientes com esteatohepatite não alcoólica evoluem para cirrose . Isso significa dizer que 4 a 5% de todos os pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica evoluem para cirrose.

O câncer de origem primária no fígado , hepatocarcinoma , também é uma das complicações e sua incidência aumentou em mais de 3x nos últimos 30 anos , tendo como grande impulsionador a doença hepática gordurosa não alcoólica.

Como eu posso tratar a gordura no fígado ?

O tratamento consiste de uma plano de ação que envolva intervenções profundas com mudanças de estilo de vida para promover o emagrecimento gradual e o controle das doenças metabólicas como diabetes, problemas de colesterol , sobrepeso / obesidade com o objetivo de retirar a gordura no fígado

Alimentação saudável rica em frutas, verduras, grãos integrais e gordura saudável
Diminuir ingestão de açúcares , carboidratos refinados, gorduras saturadas e trans
Evitar uso de álcool , medicamentos e chás tóxicos para o fígado
Atividade física regular

Caso o fígado já se encontre em estágio de inflamação temos medicações antioxidantes como vitaminas específicas que podem reduzir o grau de inflamação.

Nos casos mais severos de cirrose hepática com descompensação do funcionamento do fígado e Hepatocarcinoma o paciente precisa ser avaliado para elegibilidade para transplante hepático.

O acompanhamento regular com médico especialista te ajuda a reverter o quadro de gordura no fígado e impede qua a doença progrida para suas apresentações mais severas.